Uma das promessas de campanha consistentes do presidente eleito Donald Trump era trazer empregos de volta aos EUA. Como parte dessa ênfase, Trump rotineiramente chamou a Apple (NASDAQ: AAPL) como uma empresa que deveria estar fazendo mais produção nos estados. E parece que a Apple está estudando a possibilidade de montar iPhones, pelo menos em parte, nos EUA.
Seu próximo iPhone será fabricado na América?
A Foxconn Technology Group, uma importante montadora da Apple, estuda a possibilidade de transferir a produção do iPhone para os EUA, relata o Nikkei Asian Review, uma agência de notícias que cobre questões de interesse para a Ásia.
$config[code] not found"A Apple solicitou à Foxconn e à Pegatron, as duas montadoras do iPhone, em junho, que analisassem os iPhones nos EUA", disse o site, citando uma fonte não identificada. “A Foxconn concordou, enquanto a Pegatron se recusou a formular tal plano devido a preocupações com custos”.
Os custos são certamente uma consideração. Algumas fontes sugerem que os preços de produção mais que dobrariam, diz o site. Outra é a falta de infraestrutura.
O CEO da Apple, Tim Cook, disse em uma entrevista em dezembro de 2015 à 60 Minutes que a América não tinha trabalhadores qualificados suficientes para a produção de iPhones.
Vale a pena notar que esta não é a primeira vez que a Apple é confrontada com a mudança de produção dentro dos EUA.
"Diante da pressão política para trazer empregos para o governo Obama, a Apple ajudou a Flextronics, empresa de Cingapura, a construir uma linha de produção Mac Pro em Austin, Texas em 2013", relata Asia Nikkei Review, que acrescentou que a Foxconn montou um conjunto iMac linha no mesmo estado um ano antes.
Não ajuda que o relacionamento do presidente eleito com a Apple tenha sido nada menos que tumultuado. Por exemplo, durante a campanha, Trump convocou um boicote à empresa se não conseguisse reverter sua postura pró-criptografia após o atentado de San Bernadino, na Califórnia.
Boicote todos os produtos da Apple até que a Apple forneça informações sobre o celular às autoridades em relação a um casal terrorista islâmico radical de Cal
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 19 de fevereiro de 2016
Em resposta, Cook disse à revista Time, em março, que "não vemos isso como nosso papel de tomador de decisões". Entendemos que o Congresso define leis. Mas nós vemos como nosso papel não apenas deixar acontecer. Quero dizer, muitas vezes na história isso aconteceu, onde o governo exagerou, fez algo que, em retrospecto, alguém deveria ter se levantado e dito "Pare".
Além disso, Cook ficou tão irritado com os comentários "inflamatórios" de Trump sobre mulheres, mexicanos, muçulmanos e outras minorias que, de acordo com a Recode, um site de notícias tecnológicas do Vale do Silício, ele apoiou a convenção do Partido Republicano, uma iniciativa inédita da Apple.
Embora pareça que nenhuma das partes estendeu um ramo de oliveira, em um memorando interno à equipe da Apple após a eleição de Trump, Cook disse que "a única maneira de seguir em frente é seguir em frente juntos", relata o TechCrunch.
Se avançar significa que a Apple admitirá as exigências de Trump. Mas o fato de a empresa estar considerando isso é algo que ele provavelmente consideraria uma vitória, no entanto.
Foto do iPhone via Shutterstock
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